Dicas para Histórias de Usuário

Frequentemente, encontro Agilistas, em especial Product Owners, pedindo dicas para histórias de usuários.

 

Até aqui, já discutimos o que são e a importância das histórias de usuários para a gestão Ágil.

 

Afinal, elas ajudam a esclarecer a intenção e os objetivos esperados para cada funcionalidade ou característica esperadas.

 

Sem falar da abertura para a participação mais ativa de colaboradores e usuários do produto ou serviço desenvolvido.

 

Então quais são as dicas para as histórias de usuário serem refinadas?

 

Antes de mais nada, devemos lembrar que, fora a estrutura original da metalinguagem…

não existe bala de prata para todos os cenários…

 

cada projeto, cada cultura corporativa, cada time tem a sua característica e seu contexto.

 

Por isso, devemos compreender que o processo de refinamento com User Story é um processo aberto e contínuo.

 

Ele por si não é um processo linear, como poderia ser sugerido na gestão mais tradicional de desenvolvimento de produtos e serviços.

 

Mas é um processo muito semelhante ao modelo PDCA para resolução de problemas. 😉

 

dicas-para-histórias-de-usuário-refinamento-incremental

 

Assim, ele segue a mesma filosofia de aprimoramento contínuo (um dos fundamentos da gestão ágil de produtos e serviços).

 

Desta forma, a seguir você vai descobrir

 

  • Como aprimorar suas histórias de usuário
  • Minimizar e Eliminar conflitos de entendimento e comunicação de demandas
  • Quais são os 6 princípios que devem fundamentar uma user story
  • Qual a relação entre histórias de usuário, tarefas e bugs
  • Qual o real propósito desta ferramenta ágil
  • O que são personas e como elas podem te ajudar nesta missão
  • Como podemos fazer a gestão visual de histórias de usuário
  • 3 Dicas Bônus Exclusivas

 

Dica 01: Histórias de usuários possuem épicos

 

De maneira geral, um épico é nada mais que uma necessidade ou desejo ainda um pouco abstrata.

E por isso, normalmente ele é percebido com um “requisito grande” 😊

 

Afinal, em uma gestão ágil, nem sempre teremos todos os requisitos tão bem definidos logo de início.

 

Por isso, é natural quebrarmos estas necessidades em partes menores, definindo características e condições.

 

Até finalmente chegarmos a definir histórias de usuários.

 

Por isso, manter o rastreio desta relação entre Épicos e Histórias de Usuários pode te ajudar a manter o propósito original dos desejos descritos no início do projeto.

 

Evitando, assim, perguntas do tipo:

 

 “Como foi que esta história chegou aqui mesmo?”😉

 

Dica 02: A história de usuário é um meio, e não o fim da feature.

 

Ela nada mais é do que uma ferramenta, que indica uma resolução para uma necessidade ou problema.

 

Atender a esta necessidade ou este problema é o seu objetivo final 😉

 

Dica 03: Use princípios INVEST

 

É uma ótima ideia que cada história de usuário tenha aderência com os seguintes conceitos:

 

Independente: Cada história de usuário deveria ser finalizada independentemente de outras histórias de usuário.

Negociável: Seu próprio processo de refinamento exige uma comunicação construtiva e saudável com todos os interessados pelo produto ou serviço.

Valor: Cada user story deveria entregar um valor que resolve um problema negocial para o usuário final.

Estimável: Cada história de usuário deve ter detalhes o suficiente, que permite ao time de desenvolvimento definir um prazo, ou horizonte, de execução desta mesma história.

Small (Pequeno): Mesmo que que detalhes sejam desejados, o quanto menor podermos deixar uma história de usuário melhor.

Aqui vale recordar: Ser Simples não é o mesmo que ser simplório.

Testável: Cada user story permite que a funcionalidade desenvolvida seja testada, e define como deve ser testada (lembra dos critérios de aceitação?) 😉

 

Dica 04: Histórias de usuários possuem status.

 

Em qualquer início de projeto ou serviço, teremos histórias de usuário mais refinadas, e outros nem tanto assim 😊

Por isso é natural classificá-las de acordo com a situação que se encontram.

Se estão prontas para planejamento, ou ainda se dependem de confirmação com usuários ou com a área de negócios por exemplo.

 

Dica 05: Tarefas e Histórias de Usuário apresentam relação de hierarquia.

 

Uma relação mais comum que encontramos no mercado é a seguinte:

  • Épicos podem conter Histórias, Tarefas ou até Defeitos.
  • Histórias costumam conter Tarefas ou Defeitos
  • Tarefas podem conter Tarefas e Defeitos também.

 

Dica 06: User First

Como podemos observar, a “história de usuário” é uma história do????

Usuário! 😊

 

Ou seja, ela conta uma necessidade, um problema a ser resolvido, sob a perspectiva do usuário final daquela funcionalidade.

 

dicas-para-histórias-de-usuário-user-first

 

Dica 07: Títulos em Histórias de usuários.

 

Ter só a descrição da metalinguagem na história de usuário em um card, pode complicar a gestão do dia-a-dia do agilita a longo prazo.

 

Isso porque quanto mais o projeto se desenvolve, mais e mais histórias aparecem.

Em pouco tempo passamos de algumas poucas, para centenas ou milhares de histórias de usuário.

 

Por isso que encontraremos em muitas ferramentas de gestão ágil, a possibilidade de colocarmos títulos curtos e únicos para histórias de usuário.

No dia-a-dia, isso facilita a identificação do que estamos operacionalizando em determinada Sprint.

 

Dica 08: O usuário é também uma persona

 

Uma boa estratégia para o refinamento de histórias de usuários é captar as intenções por detrás dos requisitos.

 

E para entender melhor essas intenções, uma boa ideia é usar de personas para compreender as principais características e objetivos de um tipo de usuário.

 

Uma vez que temos uma compreensão melhor da persona, podemos não só refinar melhor as histórias de usuário…

como podemos priorizá-las de acordo com os objetivos delas.

 

dicas-para-histórias-de-usuário-personas

 

Dica 09: Tenha critérios de aceitação já definidos

 

É de bom tom já definir os critérios de aceitação no refinamento da própria história de usuário.

Isso evita muita confusão nas reuniões de Revisão e de Retrospectiva de Sprints.

Com o intuito de ajudar no planejamento técnica, é de bom costume colocar requisitos técnicos aqui também 😉

 

Dica 10: Quem cria afinal as histórias de usuários?

 

Normalmente, costuma ser o Product Owner o responsável por selecionar e refinar as histórias de usuário para o desenvolvimento do produto ou serviço.

Porém, na gestão ágil, qualquer um pode escrever e refinar uma história de usuário para o time ágil.

 

De fato, o melhor é que a construção e refinamento destas histórias tenham a participação de todo o time.

 

Assim, evitamos que a user story seja passada adiante como um ticket qualquer.

Gerando mais confusão e interrupções para o desenvolvimento do produto ou serviço.

 

Pense que as histórias de usuário devem ser criadas com aqueles que irão desenvolver o produto ou serviço. E não para eles.

 

Bônus

 

Dica Bônus para Histórias de Usuário #01:

Cuidado com as disfunções de uma história de usuário

 

Nem toda a atividade ou tarefa é representada por uma história de usuário.

Lembre-se que uma user story é focada no usuário/cliente daquele produto o serviço.

 

Por isso, não faz muito sentido escrever histórias como:

 

Como um Developer

Como um Arquiteto….

 

Se é uma tarefa, ela é apenas isso, uma tarefa.

Que por sinal, também pode ser vinculada às histórias de usuários e até aos épicos.

 

Dica Bônus para Histórias de Usuário #02:

As histórias devem ser visíveis e transparentes.

 

Aqui, o quadro Kanban é uma das ótimas, e das mais simples, ferramentas visuais para identificarmos em que fase ou etapa cada história de usuário está.

 

Além de nos permitir encontrar possíveis gargalos de onde e porque certas user stories estariam limitando a produtividade do time.

 

dicas-para-histórias-de-usuário-kanban-board

 

Se você nunca usou um quadro como este antes, fique tranquilo/a.

Não há necessidade nem mesmo de um software para isso 😉

 

Basta um quadro, com colunas para cada etapa ou fase, onde você pode colar post-its (com suas histórias) nele.

 

E desta forma observar o fluxo de desenvolvimento de uma Sprint.

E quem sabe, até se antecipar a problemas operacionais e impedimentos da Sprint.

 

Dica Bônus para Histórias de Usuário #03:

Histórias não a única forma de melhorar a comunicação.

 

Se necessário for, adicione qualquer nova informação que julgar pertinente à história de usuário.

Fluxogramas, desenhos, planilhas, relatórios… não importa.

 

Se for para ajudar a melhorar a compreensão, eles podem ser anexados junto à user story.

 

Tem hora que menos é mais..

mas também tem hora que mais é necessário.

 

A comunicação não é uma ciência exata, podendo a informação ser processada de maneiras diferentes.

O que pode gerar falsas interpretações e muitas discussões.

 

E claro, que podem acabar não resolvendo o problema do usuário final.

 

E assim gerando maior insatisfação de clientes, internos e/ou externos.

 

Bom, ou você aprende a comunicar suas funcionalidades e requisitos de forma correta…

…. ou infelizmente, você corre o grande risco de continuar atrasando seus projetos e produtos

…., ou o que é pior… perder seus clientes e suas oportunidades na carreira.

 

Por isso preparamos uma Masterclass para te apresentar novas técnicas e métodos para refinar requisitos e tarefas.

Para te ajudar a antecipar entregas e resultados, mesmo em grandes projetos/produtos.

 

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Te vejo em breve

e um grande abraço!

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