Pronto, se tem dificuldades, agora vai me crucificar. Antes de receber paus e pedras, deixe explicar o título deste post: Descobrir o que os outros devem fazer é fácil, descobrir o que você deve fazer é difícil.
Óbvio? Há anos ajudo aos outros a descobrirem novos insights, novas formas de pensar, ou desenvolver soluções. E antes que alguém diga que tenho facilidade ou dom, para observar ou para abstrair as situações, deixe-me confessar uma coisa: Eu também preciso de outras pessoas para descobrir o que fazer.
Mas, você que me conhece, ou até mesmo que não me conhece, pode dizer: Mas você não é o cara?, Ou: você estudou! Você tem percepção! Você isso ou aquilo….
A verdade é que quando estamos em uma situação de dilema, que nos perturba, aborrece, frustra, etc., nossa capacidade de racionalizar a respeito vai embora. Tudo fica turvo! Entende? Normalmente, sozinhos, não conseguimos pensar em todos os cenários, ou em todos pontos de vista que podem ser diferentes. Imagine estando estressado, ansioso, irritado, ou em qualquer outro estado emocional que te desequilibre.
Então, em um estado de difícil claridade mental, como podemos saber que necessitamos sair do turbilhão que nos incomoda, e assim pensar em outras saídas, das quais podemos obter mais vantagens destas circunstâncias que nos aflige?
Você vai encontrar (isso se já não ouviu antes) algumas ferramentas, que alguns “gurus” as vendem como verdadeiras balas de pratas, como “resiliência”, “pensar fora da caixa”, “se conectar com o que é certo”, etc.
Talvez, seja justamente por causa deste desalinhamento entre o que lhe parece verdadeiro e as situações vividas, que estejam te impedindo de agir ou decidir. Talvez, lá no fundo, você saiba que ainda tem algo a explorar. E por isso, ficamos indecisos, insatisfeitos, ou até paralisados.
Não quer dizer que este sentimento esteja correto, porém é um sinal de que você deve pensar diferente, para então agir, também, de maneira diferente.
Você sempre pode pedir ajudar a quem você confia. Pode ser um familiar, um amigo ou amiga, cônjuge, parceiro ou parceira…. Não importa. O que importa é que seja alguém que você pode contar o pensa, e vice-versa. E que você confie que esta pessoa possa lhe oferecer insights, sem julgamentos, apenas insights! Você é quem vai avaliar se o que esta pessoa vai lhe dizer! Sempre sentindo se esses insights ou pensamentos lhe parecem verdadeiros ou corretos para você.
“E se eu ainda assim não souber avaliar se é verdadeiro para mim? “. Podemos não sentir segurança nesta hora. Lembre-se, você estará em uma situação de dilema ou conflito. E sim, pode quase nunca que nunca seja fácil avaliar esta questão desta maneira.
Mas uma dica que lhe pode fazer sentido nesta hora: O insight que lhe parecer verdadeiro, será aquele que vai te trazer mais leveza. Será aquela que lhe fará um sentido ao ouvi-lo, e fará você experimentar um sentimento de descompressão, de uma visão mais clara, de respiração mais suave, etc…
E essa sensação poderá ser diferente para cada pessoa, em cada situação que ela se encontrar. Mas, de alguma forma, você começará se sentir melhor, quando se deparar com possibilidades que lhe parecem mais verdadeiras para você mesmo(a).