O Product Owner Ausente

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“O seu Kanban está cheio de Cards, as suas entregas não correspondem aos fatos….”

Esse foi mais um dos vários memes que vejo circulando em vários grupos de agilistas por aí.

Todos queixando-se do mesmo: várias requisições de mudanças, funcionalidades mal definidas, pressão por entregas FUNCIONAIS…

Sim, destaco ENTREGAS FUNCIONAIS, pois há muitos profissionais dizendo que entregam muito, mas nenhuma delas é possível de se colocar em produção.

Quer dizer que não deveriam fazem tanto esforço assim? Não é disso que estou falando!

Estou falando de profissionais que se preocupam tanto em colocar tickets de uma coluna para outra, e esquecem do real propósito de seus projetos. Falo mais disso neste artigo: Metas sem Resultados?

Mas dentre as inúmeras causas que identifico entre os meus clientes sobre esta falta de RESULTADO, está a ausência do PO.

“Quer dizer que tem times sem PO?” Vocês podem perguntar.

AUSENTE não quer dizer que não exista um PO. O PO pode até existir, mas ele não exerce as funções que se desejam para o atingimento dos OBJETIVOS propostos.

“Eu sabia, a culpa é do PO.” “Vou mandar isso para o meu PO agora”, vocês também podem estar pensando isso.

Mas a minha experiência diz que isso não é bem uma falta original dele, o PO.

CALMA, vou explicar ?

 

Para um PO exercer sua função corretamente, não basta saber escrever histórias de usuários, desenhar canvas ou fazer reuniões para escrever uma Visão de Projeto/Produto (aliás, será o que o seu PO sabe o que é uma visão de Projeto/Produto)?.

Claro, eu até falo de como utilizar estas ferramentas em meus treinamentos e palestras.

Mas essas ferramentas são o meio, para se construir habilidades, soft skills e inteligência emocional.

“De novo esta questão da inteligência emocional e soft skills!?”

Sim, não só é “de novo” como esta é uma das questões fundamentais para um PO poder atuar de modo a fazer o seu time ágil ser Ágil de fato ?

A falta de pessoas que pudessem fazer a ponte entre o negocial e o operacional tecnológico foi o que sugeriu a criação de um papel como do Product Owner:

 

ALGUÉM PARA FALAR COM O OPERACIONAL TECNOLÓGICO E O NEGOCIAL AO MESMO TEMPO.

 

Além de ajudar a alinhar as expectativas entre os Objetivos esperados e os recursos limitados de um projeto.

Mas então percebo que tem muitos Agile Coaches e profissionais de ARH recomendando POs por que eles ou:

 

  • Eram muito bons analistas de requisitos (competência técnica)
  • Gerentes de projetos excelentes em controlar prazos (outra competência técnica)

 

Claro que há muitos outros motivos, mas na maioria dos casos que encontro, essas são duas das escolhas fundamentais para o preenchimento dessas funções.

E em ambas, quando o novo PO tem que construir estes objetivos junto aos times e gestores de negócios, ele vira um GARÇOM de pedidos apenas.

Você que está lendo isso agora, sabe muito bem que se fosse para o Ágil ser assim, não precisava fazer nenhuma transformação cultural, digital ou Ágil, não é verdade?

Bastava seguir fazendo uso das mesmas ferramentas tradicionais de gestão de projetos, e deixar que todos se FRUSTEM sozinhos ☹?

Mas encontrar um profissional que já esteja pronto para atuar como PO não é fácil.

Muitos profissionais de ARH se desdobram e muitos jamais encontram um com as habilidades necessárias.

Muitos destes profissionais ainda caem no conto de um certificado que o ensine apenas as funções seria o suficiente.

E então vemos algumas escolas e consultorias cobrando alguns milhares de reais, apenas para emitir um certificado de que um PO conhece alguns processos ágeis.

Por isso vemos tantos POs Ausentes ☹

Nenhuma destas escolas preparam estes POs para lidar com o ativo mais valioso de uma empresa: PESSOAS/CLIENTES.

 

MAS E OS AGILE COACHES?

 

“Os Agile Coaches não deveriam conduzir o PO para lidar com o desenvolvimento desses recursos internos?”

Sim, sem dúvida.

Mas novamente, o mercado acaba distorcendo os conceitos originais da Agilidade.

A proposta original era de vermos Coaches hábeis na gestão da inteligência emocional, conduzindo na extração do maior potencial de seus POs, por exemplo.

Porém o que vemos são pessoas com extrema competência técnica, com muito conhecimento em processos ágeis, porém sem nenhuma habilidade comportamental e humana. E muitos desses se chamam de Coaches!

Só porque alguém conhece muitas das competências técnicas, não quer dizer que esta pessoa domine os recursos necessários para ajudar a um PO desenvolver soft skills necessárias para lidar com a parte negocial de um projeto.

 

Bom, este é um tema extenso!

Provável que vire uma série aqui na AgileIT.

Se você é PO, Gestor ou Coach, confira a agenda para uma palestra deste assunto clicando aqui.

Nela tratamos dos caminhos que um PO pode, e deve trilhar, para DEIXAR de ser AUSENTE, para se tornar o PROTAGONISTA de seus projetos Ágeis.

 

Um grande abraço ?

 

Áudio:

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