Product Owner vs Product Manager: Será que conflitam?

Até agora o PO parece muito com o PM, não?

 

Na lição anterior, falamos sobre O que faz o Product Owner.

 

Discutimos como ele pode ajudar os seus projetos e produtos:

 

  • Alinhando prioridades e objetivos;
  • Definindo e refinando o Backlog;
  • Diminuindo a diferença entre o esperado e o realizado;
  • Identificando e definindo posicionamento;
  • Trabalhando e aprimorando metas ágeis;

 

Entre várias outras funções…

Se você ainda não viu, veja os detalhes do PO clicando aqui.

 

Funções que podem parecer conflitantes, ou sombreadas, com o Product Owner.

 

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Muitos dos conhecimentos adquiridos em produtos inovadores vem do aprendizado durante a execução do produto/serviço.

 

Isso porque muito do que falamos até aqui tem a ver com gestão de produtos!

 

Tanto quanto o Product Owner e o Product Manager trabalham em um Objetivo em Comum:

 

Construir e melhorar produtos que tem significado e utilidade para clientes e stakeholders!

 

Porém, todos os papéis, artefatos e eventos do Product Owner não tratam do como nós devemos fazer a gestão do produto.

 

Na verdade, eles descrevem como as interações entre o PO e o time de desenvolvimento podem funcionar na gestão ágil de produtos e serviços.

Ou seja, o PO trata a maneira de pensar (mindset) e os valores que permitirão que você se conecte ao seu time.

 

De maneiras que o empirismo seja possível durante todo o avanço do projeto.

 

Resumidamente, podemos dizer que ele dos comportamentos e habilidades dos envolvidos, necessárias para o atingimento dos objetivos esperados daquele produto.

 

 

Na verdade, o Dono do Produto em particular não deixa de ser algo como um Gerente de Produto Ágil.

Guardada as devidas proporções, claro!

 

Porém, mesmo que ele tenha funções e atividades associadas à Administração do Produto, o dilema que comentamos reside na estreita colaboração com todo o Grupo de Desenvolvimento.

 

Por isso, a grande maioria dos Donos de Produtos acabam como um tipo de supervisores de produtos.

Mas para complicar o dilema do Product Owner, nem todos os gerentes de produtos atuam como Donos do Produto. ?

 

O que nos leva a seguinte pergunta:

 

O gerente de produto pode assumir o dilema de ser um Product Owner?

 

Infelizmente, o mercado mais tradicional faz do Gestor do Produto mais próximo dos processos do que dos times, prejudicando a comunicação.

 

Bom, se alguém considerar o Product Owner apenas como um encarregado de tarefas, ou como uma função que apenas endossa as solicitações do cliente, talvez não haja muita dúvida de que esta função poderia fazer parte das atribuições de um gerente de produto.

 

No entanto, um bom Product Owner promove uma atmosfera de avanço ágil capaz de estabelecer metas táticas e estratégicas para o produto/serviço.

 

E para isso o Dono do Produto deve ser capaz de usar de suas habilidades legítimas de gerenciamento de produto.

 

Isso em conjunto com outras habilidades de comunicação e de gestão de pessoas para avaliar hipóteses por exemplo.

 

 

De forma a garantir o retorno antecipado do projeto em questão.

 

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Os métodos e frameworks ágeis permitem ao Product Owner antecipar as entregas utilizáveis, permitindo o retorno antecipado de investimentos.

 

A título de exemplo, o PO deve ser capaz de se conectar a diferentes departamentos.

 

Por consequência, ele deve possuir, ou desenvolver, habilidades auditivas excepcionais. Além de várias outras várias soft skills que facilitam o Team Building.

 

Claro que um gestor de produto pode ter, ou ainda desenvolver estas habilidades.

 

E assim atuar também como um PO.

Mas vamos ser práticos. Na realidade esse pode ser um perfil bem difícil de se encontrar disponível no mercado.

 

Neste caso, a organização pode precisar de um indivíduo dedicado por causa dessa função.

 

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS A UM EXCELENTE PRODUCT OWNER?

 

Dentre as principais funções e habilidades, destacamos:

 

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Um bom Product Owner sabe que ele sempre será um profissional em formação, sempre aprendendo. Afinal, ninguém nasce sabendo de tudo, correto?

 

  • Especialista com poderes para gerar ou tomar decisões;
  • Capacidade de compreender e até dominar o produto em que atua;
  • Conhecer Ferramentas e Dinâmicas para conceber ou descobrir novas formas de atuação para um produto ou serviço;
  • Entender a si mesmo, incluindo quais são exatamente os seus pontos fortes e fracos;
  • Saber que ninguém “nasce” como um bom Product Owner;
  • Entender que pode ser necessário “Respeitar a autoridade” de um produto ou serviço;
  • Saber quando e onde procurar mentorias, coaches e treinamentos. (Afinal, por que será que esportistas e atletas precisam de um treinador???);
  • Identificar as ferramentas mais adequadas em relação ao desafio do projeto/produto;
  • Visão Holística do Produto: Para onde ele está indo?
  • Ter entendimento das especificações: Qual é exatamente o problema que estamos resolvendo?
  • Desenvolver e dar suporte as partes interessadas para gerar sinergia benéfica entre elas;
  • Ser capaz de definir o produto mínimo comercializável;
  • Desenvolver o Produto ou Serviço em pequenos incrementos úteis e utilizáveis;
  • Além de outras habilidades interpessoais.

 

Observe que muitas das características apresentadas, tem relacionamento com a eficiência do time. Ou da sua produtividade.

 

Mas muitas outras tem a ver com a eficácia. Ou seja, com a conquista dos objetivos esperados pelo produto ou serviço.

 

Então, na realidade, não há um dilema moral entre ser eficaz ou eficiente na atuação de um PO.

 

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Eficiência e Eficácia andam tão juntos quanto resultados e produtividade. De fato, não há um caminho certo e outro errado. Ambos são necessários!

 

De nada adianta sermos eficientes, ou seja, fazermos as coisas corretamente, se não entregarmos os objetivos esperados.

 

Assim como não adianta muito sermos eficazes, ou seja, entregarmos os esperados, mas com grande desperdício na geração do resultado.

Ou ainda com atrasos, levando o produto a ficar fora do Time to Market.

 

Resumindo:

 

Na prática: podemos dizer que as responsabilidades entre Product Owner vs Product Manager diferem no modo e na amplitude de suas atuações.

 

O Product Manager tende a descobrir e identificar as necessidades dos usuários e clientes.

Ao mesmo tempo prioriza o que deve ser feito, quase que a nível de Portfólio e Programas.

 

Agora, o Product Owner tem como responsabilidade aumentar e antecipar o valor esperado pelo projeto ou produto.

Além de gerir e refinar o Backlog do Produto. Criando e lapidando requisitos para os times de desenvolvimento.

Procurando ao máximo representar a voz e as necessidades das partes interessadas.

 

Agora temos a segunda pergunta do dilema:

 

  • Como o PO pode formar times eficazes e eficientes?

 

  • Ou seja, como o Product Owner pode ajudar o Product Manager conduzir times que cumpram os objetivos?

 

  • E ao mesmo tempo que são eficientes (produtivos) em suas entregas?

 

Veremos isso na lição #03 do próximo artigo: Como ser um BOM Product Owner!

 

Te vejo em breve! ?

 

 

 

 

 

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