Estimativas Ágeis e Scrum #1 de #3

Estimativas Ágeis e Scrum #1 de #3

“Ibagens, eu quero ibagens…..sobre Estimativas”

Nesses últimos dois dias, tenho ouvido muito sobre a previsão, e/ou estimativas, do dólar, principalmente de alguns colegas de uma certa região central do país.

“Mas o quê me interessa o dólar na gestão de projetos? Ou comigo?” você pode me perguntar.

O fato é que estas pessoas estavam discutindo sobre a alta ou baixa do dólar por vários motivos. Alguns deles são:

– Viagens

– Produtos Importados

– Impostos

– Taxas

–  Inflação e custos domésticos (Sim, o dólar impacta isso também. Mas vamos falar sobre economia em outra oportunidade).

Mas o que importa é que a causa de todos esses motivos era um só:

Saber se teriam dinheiro na conta para pagar o que quer que estivessem planejados.

Hoje eu vou contribuir para a polemica semanal falando sobre Estimativas em desenvolvimento de projetos.

Estimar é bom? É ruim? É perda de tempo? É previsibilidade? É exigência? É opcional? Isso de comer ou de beber?

Imagine sua viagem, perfeita, ideal! É tudo lindo e maravilhoso, não?

Imaginou? Agora imagine as contas? ? Agora o bicho pegou, não?

E é aqui que a agilidade e o Scrum entram: Fazendo o melhor com o que se tem, ou com o que se pode obter.

Por isso o planejamento. “Mas espere aí! Ser ágil não é fazer aos poucos e ir acrescentando valor ao negócio?”

Sim, é sim.

Mas também é fazer a viagem dos sonhos sabendo que pode voltar para o seu lar, não é mesmo? Ou pelo menos sabendo que vai poder se sustentar aonde você chegar!

Nem sempre fazemos uma viagem para um lugar que conhecemos. Tão pouco quanto gastaremos nos mínimos detalhes. E imprevistos acontecem.

Há quem diga que é impossível fazer quaisquer projetos sem o mínimo de previsibilidade. Há quem diga “#noEstimates” já!

Abolir Estimativas?

Porém, mesmo o noEstimates, apesar do nome, não prega bem o “Estimativas nunca mais!” ou “Nunca mais estime!”. Pois até usar uma média histórica é uma tentativa de, no final, mensurar o tempo, ou o custo de um projeto.

Não tenho intenção de discutir ou contra argumentar o noEstimates com você hoje. Mesmo porque há vantagens no noEstimates, assim como nas Estimativas tradicionais.

Quero deixar para você hoje o que me custou a entender: O que de fato importa na hora de estimar uma tarefa, ou um requisito, ou um projeto ágil com Scrum?

Temos duas restrições que são fundamentais em qualquer projeto: tempo e recursos financeiros (Sim, mesmo que você tenha ganhado na Megasena ?

Sobre o tempo:

Muita gente, mas muita gente mesmo, pode estar dependente da conclusão de um projeto.

Pode até ter gente que nem sabia que era dependente de um projeto, até encontrar um problema da qual o tal projeto resolve.

Imagine se essas pessoas souberem que só não tem uma solução possível, como tem uma previsão de resolução?

Sobre recursos financeiros:

Não saberem o ROI (Retorno sobre o investimento) de um projeto é uma coisa. Não terem dinheiro para pagar quem desenvolveu o projeto é outra.

Por isso alguma estimativa vai se fazer importante. E talvez crucial. Talvez mais para você que está desenvolvendo o projeto, do que para o cliente.

Afinal, o dono ou patrocinador do projeto pode até não ter certeza se a solução vai bombar no mercado. Mas ele tem que te pagar, não é mesmo? ?

Ou você pagaria algo equivalente a uma casa, por um Chevette, e que você não tem certeza se chegaria ao menos com um motor 1.0, rodas e pneus?

Acho que não. Mas a agilidade trata de entregar valor, com um mínimo de previsibilidade.

Então vamos falar mais sobre o que é fundamental em uma estimativa na próxima lição.

 

Até lá, deixe o seu comentário.